Governo admite necessidade de contratação de 350 professores para atender demanda
No Dia da Escola, durante audiência da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa, nesta terça-feira (15.03), o deputado estadual Issur Koch cobrou a secretária de Educação, Raquel Teixeira, pela falta de professores em escolas estaduais de Novo Hamburgo e região, na área de atuação da 2ª Coordenadoria Regional de Educação. “Fui procurado por diversos pais que relataram dificuldades em vários colégios do Estado. Na Escola João Ribeiro faltam 80 horas de matemática. Já na Escola Antônio Vieira quatro turmas estão sem professor de matemática. A mesma situação se repete em outras escolas do Vale e, sem aulas, os alunos estão sendo dispensados desde o início do ano letivo. As famílias estão preocupadas”, explicou Issur.
O parlamentar relatou, ainda, que os problemas se repetem no Vale do Caí. “Na Escola Técnica de Portão faltam 40 horas de Eletricidade, 52 horas de Contabilidade e 20 horas de Sociologia”, apontou. Ele entregou um ofício à secretária e destacou, também, a necessidade de profissionais para a limpeza e merenda. “No Colégio Wolfram Metlzer, em Novo Hamburgo, faltam funcionários para a merenda e serviços gerais. A direção da escola tem se desdobrado para poder atender os estudantes, mas o Estado precisa rever esta situação para que tenhamos um bom ano letivo e o estudante seja priorizado”, apontou.
RETOMADA
Para Issur, após dois anos de pandemia, o Estado precisa colocar a Educação como prioridade nesta retomada das atividades presenciais. “Há um déficit no aprendizado por conta deste período de ensino remoto. Uma solução para enfrentarmos a falta de professores seria a Secretaria de Educação manter as fontes de custeio de contratação destes profissionais nas CRE’s. Hoje, quando um professor sai de uma escola, a fonte de custeio volta à SEDUC”, definiu Issur.
A secretária admitiu que esta não é a situação desejada. “Neste momento emergencial de aumento de alunos, nós ainda precisamos de 350 professores na rede estadual. Temos tentado contratar professores com 40 horas para otimizar a carga. Agora, é questão de gerenciamento em função da reestruturação que está sendo feita. A falta de professor acontece nas 1ª, 2ª, 4ª, 9ª e 36ª CREs, as outras estão com tudo regularizado. A minha luta é pra normalizar essa situação”, concluiu.