Deputado Issur critica uso político do Bolsa Família em pronunciamento na AL

“Programas sociais devem ser porta de entrada para a cidadania — não ponto final de um projeto de poder”, afirma o parlamentar

Durante discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Issur Koch (PP) fez críticas contundentes ao uso político do programa Bolsa Família. Com base em dados médios do IBGE entre 2019 e 2023, o parlamentar alertou para o desequilíbrio: enquanto o Brasil tem cerca de 203 milhões de habitantes, mais de 56 milhões estão inseridos no programa — número que já supera o total de trabalhadores formais, aposentados e servidores públicos somados.

“A conta não fecha! Temos 7 milhões de pessoas há mais de uma década no Bolsa Família. Não sou contra programas sociais — pelo contrário. Mas eles precisam ser emergenciais, temporários, voltados a quem realmente precisa e com foco na autonomia, não na dependência”, frisou. Issur argumentou que o sucesso de políticas públicas deve ser medido pela quantidade de pessoas que conquistam independência, não pelo aumento no número de beneficiários. “O Bolsa Família perdeu sua missão original. Era para ser um apoio em momentos difíceis, mas virou estratégia de manutenção do poder por meio da dependência.”

O deputado defendeu um novo foco nas políticas sociais: incentivo ao empreendedorismo, capacitação profissional e inclusão no mercado de trabalho. “Quem se importa com os mais pobres luta para que eles tenham oportunidades reais, e não fiquem presos a uma esmola eterna”, destacou.

Ao concluir, Issur Koch reforçou que o verdadeiro papel do Estado é criar pontes para a cidadania, não muros de dependência. “Essa é a diferença entre populismo e política responsável. Precisamos de políticas que libertem, não que aprisionem.”

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