Parlamentar é autor de projeto de lei que inclui este profissional no quadro geral do Estado
O deputado Issur Koch está empenhado em valorizar a profissão de Musicoterapeuta. É dele o projeto de lei que inclui este profissional no quadro geral do Estado. “Esse é um passo importante para proporcionarmos um cuidado integral e humanizado para pacientes e familiares em diversas instituições que realizam atendimento especial para crianças, adultos e idosos, bem como suas famílias”, diz o parlamentar, que também é músico.
Issur lembra que o Programa TEAcolhe, criado pelo governo do Estado pela Lei Estadual n° 15.322/2019, instituiu a Política de Atendimento Integrado à Pessoa com Transtorno do Espectro do Autismo no âmbito do Rio Grande do Sul. No entanto, apesar de contar com profissionais qualificados, não prevê a inclusão do musicoterapeuta em seu quadro de colaboradores.
Estudos científicos demonstram que a musicoterapia pode reduzir a ansiedade e o estresse; aliviar sintomas de depressão; melhorar a comunicação e a interação social em pacientes com autismo; auxiliar na reabilitação física; e apoiar no tratamento de doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. “Além disso, este profissional poderá atuar em hospitais, centros de reabilitação, escolas, clínicas de saúde mental e instituições de longa permanência para idosos, entre outros, além do Centros TEAcolhe”, define o deputado.
MAIS DO QUE MÚSICA
A profissão está regulamentada pela Lei 14.842/2024 e exige graduação ou especialização na área. “O profissional Musicoterapeuta tem uma formação que o permite utilizar todos os elementos da música para provocar melhora direta e indireta na saúde de seus pacientes. Através de metodologias e técnicas específicas, ele abre canais de comunicação para pacientes não verbais, acessa memórias e muda até mesmo a frequência cardíaca e o nível de hormônios de estresse em seus pacientes. Não é apenas a música, mas o que acontece enquanto o Musicoterapeuta e seu paciente fazem música juntos que proporciona o processo terapêutico em Musicoterapia”, diz a Musicoterapeuta Grazi Pires, presidente da Associação de Musicoterapia do RS.