Uma reunião na Abicalçados na tarde dessa terça-feira marcou o início de um trabalho conjunto de sindicatos classistas e de trabalhadores pela manutenção de benefícios fiscais para o setor coureiro-calçadista.
Mais de cem empresas do setor já fecharam as portas apenas em Novo Hamburgo, entre pequenas e médias indústrias, nos últimos 10 anos, de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas do IBGE.
Presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Setor Coureiro-Calçadista, o deputado estadual Issur Koch irá agilizar uma reunião com a Secretaria da Fazenda para discutir os efeitos do decreto 54.738 do governo do Estado. “Esse decreto estabeleceu 31 de dezembro de 2020 como data final para a concessão de benefícios de diversos setores contemplados com créditos presumidos de ICMS, entre os quais o coureiro-calçadista. Demonstramos nossa apreensão com essa medida, especialmente por que outros estados, como Santa Catarina e Minas Gerais, estenderam esses benefícios até 2032”, ressaltou Koch.
Em audiência anterior na Sefaz, o Estado afirmou que o setor coureiro-calçadista terá olhar especial de parte do governo. Isso já ocorre, justamente, por sua capacidade de geração de empregos e divisas, destacou.
Issur sugeriu que o governo chame a Abicalçados e demais entidades do setor para discutir medidas que possam auxiliar a competitividade da cadeia produtiva. “A guerra fiscal é um desafio a mais para o setor. Competir em pé de igualdade é fundamental para a manutenção de empregos e investimentos no Rio Grande do Sul”, apontou o deputado.