A relação Educação/Alzheimer

Com o aumento da expectativa de vida, os casos de demência crescem a cada ano no Brasil e no mundo, sendo a maioria relacionados ao Alzheimer.

No País, há entre 1,4 e 1,8 milhão de pessoas com demência, ou seja, 7% do total de 26 milhões de idosos. No Rio Grande do Sul, estima-se que cerca de 120 mil pessoas sejam acometidas pela doença. As projeções internacionais dão conta que teremos pelo menos o dobro de casos até 2030 – aproximadamente 3,5 milhões de brasileiros com algum tipo de demência, diz Leandro Minozzo, médico geriatra hamburguense que se dedica ao tema.

Se a Educação é importante em nossas vidas, diante do enfrentamento ao Alzheimer ela se torna ainda mais fundamental. Pesquisas mostram que a baixa escolaridade e o pouco acesso ao estímulo cognitivo continuado são entraves à qualidade de vida dos idosos brasileiros. Com tempo médio de educação formal de cerca de quatro anos e um universo de 23% de analfabetos e 49% analfabetos funcionais no País, o Alzheimer encontra na baixa escolaridade mais um elemento a fomentá-lo, predispondo o surgimento das demências.

Na Assembleia Legislativa, apresentei projeto propondo a Política Estadual de Enfrentamento do Alzheimer no RS. A ideia é que esta enfermidade receba um olhar diferenciado do poder público por atingir não apenas o paciente, mas a família e a sociedade como um todo. Como se percebe, a Educação permeia todos os campos de nossas vidas e requer a atenção especial de todos. Mais do que nunca, o Rio Grande que queremos começa na sala de aula.

*Professor e deputado estadual

professor.issurkoch@al.rs.gov.br

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *