Grupo de Trabalho vai discutir ações de apoio à saúde mental na Segurança Pública

A criação de um Grupo de Trabalho para estimular a criação de ações que combatam o suicídio nas forças policiais foi uma das propostas apresentadas durante a audiência pública realizada nesta quinta-feira (17.03), no Plenarinho da Assembleia Legislativa, para debater a Saúde Mental na Segurança Pública.

A ideia, segundo o proponente do debate, deputado Issur Koch (PP), é trabalhar com mais parlamentares, governo e entidades a fim de garantir o aporte de mais recursos para incentivar programas que promovam a saúde mental nas forças policiais.

“Precisamos cuidar de quem cuida da gente. Atualmente, temos mais mortes por suicídio nas polícias do País do que em confrontos armados. No Rio Grande do Sul, este quadro é ainda mais preocupante na Brigada Militar, que apresenta média de 30,7 suicídios a cada 100 mil habitantes, sendo a força policial com mais casos no País, à frente de São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo”, destacou Issur.

Para ele, a pandemia contribuiu para o aumento de casos e é preciso um olhar especial por parte do governo para atender e acolher servidores da Segurança que necessitam de ajuda.

APOIO

A major e médica psiquiatra Denise Riambau relatou algumas das iniciativas realizadas pela Brigada Militar para auxiliar os servidores. Uma delas foi o Programa Anjos, uma formação que treina os militares para difundirem conhecimentos adequados sobre saúde mental entre a corporação.

O secretário estadual de Justiça e Sistemas Penal e Socioeducativo, Mauro Hauschild também esteve presente na audiência.  Ele falou sobre o cotidiano do sistema prisional e da tensão causada nos policiais, o que pode agravar doenças como depressão, estresse e ansiedade. Segundo ele, foram registrados dois casos de suicídio entre servidores da Susep desde 2017.

Também participaram da audiência pública Carmem Regina Giongo, doutora em Psicologia Social e Institucional, e Vera Borges, voluntária CVV, além de entidades ligadas às forças de segurança e policiais civis e militares.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *