Uma audiência pública da Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa realizada na última segunda-feira (16), na Câmara de Vereadores de Portão, marcou nova mobilização regional pela extensão da BR-448 até Portão. O trecho 2 da rodovia compreende 18 quilômetros, desde Esteio até a ERS-240 em Portão, e tem custo estimado de R$ 1,6 bilhão. O encontro marcou também o lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Extensão da chamada Rodovia do Parque no Congresso Nacional.
Com recursos garantidos de R$ 6,3 milhões da bancada gaúcha, o projeto já está em andamento e deve ficar pronto ainda neste ano, podendo ser prorrogado o prazo até 2024. Após, deverá ser feita a licitação para a obra, que já tem previsão no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Federal.
“Essa é uma obra que irá desafogar o trânsito de veículos da BR-116, mas que terá impacto direto para as comunidades dos Vales do Caí, Sinos e a Serra Gaúcha”, enfatizou o deputado Issur Koch (PP), que preside no Parlamento Gaúcho a Frente Parlamentar pela Extensão da BR-448 há cinco anos.
A audiência pública em Portão teve a participação também dos deputados Adolfo Brito (PP), Joel Wilhelm (PP) e Guilherme Pasin (PP), além do deputado federal Lucas Redecker e lideranças comunitárias e empresariais.
NOVO TRAÇADO
O estudo original do traçado da BR-448 está sendo reavaliado pelo DNIT. De acordo com estudos iniciais do órgão, esse novo traçado passaria a uns dois quilômetros da área reservada em Nova Santa Rita para um novo aeroporto, o que garantiria um acesso mais rápido e mais curto a Portão.
Os locais de início e fim da ampliação continuam os mesmos: o novo trecho, tomando-se como base o sentido Capital-Interior, começaria em um ponto de curva da BR-448 em Esteio, teria pelo menos quatro quilômetros de pista elevada para não represar as águas do Rio dos Sinos e avançaria até encontrar a RS-240 em Portão, nas proximidades do entroncamento com a Rua Portão (traçado coincidente da RS-239, que dá acesso a Estância Velha).
Desatados os nós ambientais, burocráticos e financeiros, a expectativa é de que a construção leve três anos, um a menos do que necessitou o percurso atual da Rodovia do Parque.