Issur lança nesta quarta primeira Frente Parlamentar de apoio ao cultivo sem solo do Brasil

Presidida pelo deputado Issur Koch (PP) e assinada por outros 27 parlamentares, nesta quarta-feira (7), às 11h, no Salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa, acontece o lançamento da primeira Frente Parlamentar de apoio ao cultivo sem solo do Brasil. “A iniciativa é pioneira no país e marca o compromisso do Parlamento gaúcho em construir políticas públicas em parceria com o governo do Estado para termos a valorização e o destaque que a hidroponia merece na agricultura gaúcha”, aponta Issur.

A hidroponia, técnica em que os nutrientes minerais necessários ao desenvolvimento da produção são fornecidos pela água, por meio de uma solução nutritiva, tem ganhado espaço no Rio Grande do Sul a partir de sua relevância econômica e sustentável do setor, que gera baixo consumo de recursos hídricos, possibilidade de uso de defensivos agrícolas orgânicos e redução dos ciclos de produção, resultando em um aumento de produtividade.

O intuito da Frente Parlamentar em Apoio ao Cultivo Sem Solo – Hidroponia no RS, segundo seu idealizador, é incentivar e auxiliar na qualificação de produtores e, principalmente, de valorização dessa cultura, uma vez que o estado é referência para o Brasil e para o mundo na produção de alimentos. “O valor da hidroponia não está equilibrado nesse processo. A Frente Parlamentar tem, também, este objetivo”, pontua o deputado.

COOPERAÇÃO

O grupo de trabalho é uma Cooperação Tecnológica entre a Plataforma Hidroponia, a Assembleia Legislativa do RS e o Gabinete do deputado Issur Koch, e atuará em todos os sistemas que não usam o solo para sustentação dos cultivares.

A Plataforma Hidroponia, base de negócios que une os agentes da cadeia hidropônica a partir do apoio de consultores especialistas no setor, gerando conteúdo informativo sobre a área, atuou no sentido de mobilizar a criação da Frente Parlamentar. O CEO do “HUB”, Roberto Luis Lange, aponta que a efetivação da iniciativa tomada pelo Legislativo é uma resposta favorável ao setor. “Isso oferece para produtores, fornecedores e pesquisadores da cadeia uma referência de reconhecimento e de expectativa pelas contribuições que o segmento trará para o Rio Grande do Sul. Consequentemente, por se tratar de uma ação pioneira, é um exemplo para o Brasil”, afirma.

Ele também destaca o espaço de debate que será criado a partir desse primeiro passo. “Poderemos criar, a partir da liderança de pesquisadores e produtores, um plano de boas práticas para a Hidroponia, além de planos de investimento, linhas de crédito e benefícios para fornecedores, como forma de estímulo para investimentos no setor do cultivo sem solo”, avalia.

HIDROPONIA

Nesse formato, as plantas se desenvolvem em estufas, e suas necessidades nutricionais são supridas por uma solução que circula em um sistema hidráulico. De acordo com o Anuário Brasil Hidroponia, a estimativa é de que a área ocupada com estufas hidropônicas cresça cerca de 30% ao ano no País. As culturas mais difundidas nessa técnica são de folhosas e tomate, mas produtores também cultivam hortaliças, vegetais, frutos, flores, mudas de arbóreas e forrageiras para alimentação animal. No Sul do Brasil, onde a maior dificuldade são as baixas temperaturas, o cultivo sem solo ganha espaço principalmente porque o plantio fica protegido das variações climáticas como chuva, geada e vento.

A estimativa é de que o cultivo de hidropônicos responda por algo entre 35% e 40% do fornecimento de folhas no país, segundo o Anuário Brasil Hidroponia. O sistema tem sido adotado inclusive pelos pequenos produtores, o que contribui para a rápida expansão da técnica. Dentre as vantagens, destaca-se o baixo consumo de água, que pode ser até 95% menor do que na agricultura convencional, dependendo do manejo. Além disso, os produtos de origem hidropônica podem ser considerados de excelente qualidade nutritiva, uma vez que são mais higiênicos, por não terem contato com o solo, e permanecem frescos por mais tempo, pois são colhidos com as raízes.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *