Em audiência pública da Comissão de Educação, Cultura, Desporto, Ciência e Tecnologia da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (15), representantes da Secretaria Estadual de Educação admitiram que o Estado não tem prazo para atender a falta de professores na rede de ensino. Questionado pelo deputado Issur Koch, proponente da reunião, a diretora adjunta de Recursos Humanos, Sônia Schneider, disse que a secretaria está vendo caso a caso. “Sempre vamos trabalhar com a falta de professores; essa é uma realidade do Estado, mas não há como precisar uma data para atendimento de todas as necessidades”, explicou.
O diretor de RH, José Adilson Antunes, disse que, no momento, a secretaria analisa o pedido de 181 contratos emergenciais. “Já fizemos mais de 4 mil horas de ampliações e convocações desde o início do ano letivo”, exemplificou. Antunes credita à Reforma da Previdência o aumento do pedido de aposentadorias em 2019. “Este ano, já tivemos mais de 900 pedidos de aposentadorias. Essa é uma das dificuldades, mas há outras. Para se ter uma ideia, 25% das escolas são rurais, mas atendem somente 5% do número de matrículas totais da rede”.
Presente à audiência pública, Sônia Maria Seadi, presidente do Conselho Estadual de Educação tem entre suas obrigações cobrar a efetivação dos 200 dias letivos. “Gerenciar o quadro de professores da rede é função do Estado”, reforçou.
Durante a audiência, Issur fez questionamentos ligados ao sábado letivo, a falta de homologação de turmas e foi incisivo quanto à falta de respostas por parte do Estado. “Compreendemos todas as dificuldades, porém, o Estado precisa dar respostas imediatas às demandas da sociedade gaúcha”, definiu.