O deputado Issur Koch (PP) homenageou, no Grande Expediente desta terça-feira (26), o profissional biomédico e a Biomedicina, atividade regulamentada há 40 anos por meio da Lei 6.684/1979. “A Biomedicina é notadamente reconhecida por sua capacidade de fornecer suporte técnico e teórico à prevenção, ao diagnóstico e ao tratamento de patologias, assim como à preservação do meio ambiente”, apontou o parlamentar.
Presente em mais de 20 países, a Biomedicina no Brasil agrega cerca de 90 mil profissionais registrados em seus cinco conselhos regionais. São mais de 300 cursos de Biomedicina espalhados pelo País, que atendem cerca de 11 mil estudantes. No Rio Grande do Sul, há cerca de seis mil biomédicos e 22 cursos que formam estes profissionais.
A atividade está presente em, pelo menos, 35 áreas de atuação e 30 habilitações com múltiplas funções na área médica. Entre outras atribuições, o biomédico é o responsável por realizar exames que possibilitem o diagnóstico por imagem, elucidar crimes por meio de análises de tecidos, realizar exames de biologia molecular, pesquisar e desenvolver produtos obtidos por biotecnologias, fazer manipulação de microrganismos para que possam ser industrializados como medicamento e executar exames clínicos em laboratórios e hospitais para ajudar a identificação de agentes causadores de patologias humanas.
O profissional responde também pela identificação, classificação e estudo dos microrganismos causadores de enfermidades. Desenvolve medicamentos e produz vacinas para combatê-las. Faz exames e interpreta os resultados de análises clínicas, para diagnosticar doenças e análises gramatológicas para verificar contaminações em alimentos.
Mercado de trabalho
Citando o ranking das profissões, divulgado pela revista Exame, Koch ressaltou que a Biomedicina está entre as 45 mais atrativas do mercado de trabalho. Além disso, lembrou que pesquisa em Biomedicina estão entre os trabalhados científicos mais citados nos últimos onze anos, de acordo com levantamento da Thomson Reuters, empresa que monitora a produtividade mundial nas áreas de ciência e inovação.
O parlamentar afirmou ainda que a biomédica pernambucana Débora Zarfolin recebeu um prêmio do Massachusetts Institute of Technology (MIT) por ter desenvolvido um chip que detecta até 18 tipos de câncer. “Em outra ocasião, o biomédico israelense, naturalizado brasileiro, Alexander Birbrair, de apenas 29 anos, recebeu dois prêmios internacionais e teve seu trabalho com células-tronco estampado na capa da revista Science, maior publicação científica do mundo. Birbrair, embora não resida mais no Brasil, formou-se em Biomedicina pela Universidade Estadual de Santa Cruz, na Bahia”, revelou.
Avanços
Koch é autor do Projeto de Lei 341/2019, que instituiu a data de 20 de novembro como o Dia Estadual do Biomédico no calendário oficial do Estado. Embora considere a proposta “o primeiro passo para o reconhecimento da profissão”, o parlamentar admite que é preciso promover mais avanços. “O Estado não pode abrir mão deste profissional para a melhoria da saúde da população gaúcha. É urgente e necessária a inclusão do biomédico nos quadros de funcionários da Secretaria de Saúde do Rio Grande do Sul e, também, dos municípios gaúchos”, defendeu.
Os deputados Edson Brum (MDB), Elton Weber (PSB), Paparico Bacchi (PL), Frederico Antunes (PP), José Henrique Viana (PSDB), Sofia Cavedon (PT), Luciana Genro (PSOL), Capitão Macedo (PSL) e Dr. Thiago Duarte (DEM) se manifestaram por meio de apartes. Estudantes e professores de Biomedicina, além de representantes do Conselho Regional de Biomedicina acompanharam o Grande Expediente.
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