Issur critica veto de Lula à desoneração da folha

O presidente Lula vetou integralmente projeto que desonera a folha de pagamento de 17 setores da economia. Com base no Vale do Sinos e ligado ao setor exportador, o deputado Issur Koch (PP) criticou o veto presidencial. “Essa notícia é uma bomba e terá impacto direto na geração de empregos em todo País, em especial para o Rio Grande do Sul, cuja matriz econômica está diretamente ligada à exportação”, pontuou.

A proposta aprovada pelo Congresso Nacional permite que empresas exportadoras substituam a contribuição previdenciária, de 20% sobre os salários dos funcionários, por uma alíquota sobre a receita bruta do empreendimento, que varia de 1% a 4,5%, de acordo com o setor e serviço prestados. Essa regra, pelo projeto aprovado e enviado à sanção de Lula, valeria até 31 de dezembro de 2027.

“A decisão do presidente impacta diretamente na vida de 8,9 milhões de trabalhadores formais, sem contar nos outros milhões de empregos indiretos envolvidos em toda cadeia produtiva dessas indústrias”, diz Issur.

SETOR COUREIRO-CALÇADISTA

Para o parlamentar, por sua vocação exportadora, o RS será muito prejudicado, atingindo setores que compõem a base da arrecadação do Estado. “Isso impactará diretamente na geração de emprego e renda de empresas coureiro-calçadistas, máquinas e equipamentos, call centers, além da produção de proteína animal – gado, frango e suínos, por exemplo. Apenas para o setor calçadista, projeta-se a perda de 20 mil postos de trabalho, com reflexo direto para nossas cidades”, lembra.

Issur entende que o Congresso Nacional precisa derrubar o veto de Lula. “Vamos mobilizar a Bancada Gaúcha e lutar para que esse verdadeiro absurdo não se confirme, sob pena de causarmos mais dificuldades para quem faz a roda da economia girar neste País: a indústria”.

SETORES IMPACTADOS

Confira os setores que serão impactados pela decisão de Lula.

Entre as 17 categorias de que trata o projeto estão:

  • Indústria: (couro, calçados, confecções, têxtil, proteína animal, máquinas e equipamentos);
  • Serviços: (tecnologia da informação, call center, comunicação);
  • Transportes: (rodoviário de cargas, rodoviário de passageiros urbano e metro ferroviário);
  • Construção: (construção civil e pesada).

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